Esse é o cenário de agora. Todos com medo da próxima movimentação de Bolsonaro, enquanto o golpe de fato já foi realizado há tempos, os militares com sua ótima relação com o STF e os empresários, mexendo os pauzinhos.
SOBRE A CONJUNTURA ATUAL

Esse é o cenário de agora. Todos com medo da próxima movimentação de Bolsonaro, enquanto o golpe de fato já foi realizado há tempos, os militares com sua ótima relação com o STF e os empresários, mexendo os pauzinhos.
Reitero aqui para NÃO PENSAR na situação socioeconômica do país, nem nas incapacidades administrativas que estão ceifando a vida de milhares, neste exato momento, pois isso estraga a carne. Se concentre no barulho de fritura, no fogão a sua frente, fogo baixo.
Não falaremos das cores que ali habitam, de como os tijolos laranjas marcam as casas, sejam elas pintadas, pichadas, manchadas ou lavadas, na segunda-feira de manhã, ou se as comunidades não estiverem de luto por alguma coisa (não falaremos disso hoje).
As regras de apresentação criadas por mim foram: sempre acontecer em uma sala escura onde possam entrar de três em três pessoas por vez […], também não pode fotografar ou filmar e, se caso se sintam a vontade, quem assiste pode intervir, como ocorreu de arrancarem o arame do meu corpo, o tempo de duração da performance é entre uma hora e uma hora e meia.
Contextualização, reverberações, impactos, modos de afecção/ afetação decorrentes das relações entre pessoa, pesquisa, campo, teoria e vida.
Esquerda, direita; bem, mal; fascista, anti-facista, racista, antirracista. Tudo isso precisa ser discutido, precisamos nos posicionar sim, mas o que está acontecendo é muito mais profundo, vai além de duas polaridades, de uma oposição binária…
A introdução de militares em assuntos civis pode gerar uma ideologização da instituição. É motivo de preocupação — de muita preocupação — quando a instituição que é responsável pelo monopólio da força torna-se partidária, ou se vê como parte ativa do governo e da gestão doméstica.
“Fidelidade ao Estado e às Leis” pode agora ser um sentimento que serve a nossa motivação passageira de nos livrarmos de Trump, mas nunca nos salvará da toxicidade ubíqua do cenário político global que a ‘Democracia Americana’ concebeu.
O que viveremos nas próximas semanas será um estado de horror. Um reflexo de nossas ações de furar a quarentena nesses últimos meses. A perspectiva segundo os especialistas é de que isso se expanda cada vez mais pelo país. E desolados nos questionamos o dia inteiro, o que fazer diante de tudo isso?
Os vira-latas são os representantes do que sentimos, os socos e chutes que nos têm dado desde 1973, assim como cachorros de rua. Mas aprendemos a caminhar em manadas, e a latir forte ao inimigo, e quando se apresenta a oportunidade, podemos até morder.