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A mulher que habita em mim saúda a mulher que habita em você

O futuro começa com ELAS, que conseguem superar a falta de humanidade de um mundo amargo, que as oprime, desrespeita, estupra, abusa, assedia, maltrata, priva, violenta psicologicamente e obriga!

O futuro começa com ELAS, que conseguem superar a falta de humanidade de um mundo amargo, que as oprime, desrespeita, estupra, abusa, assedia, maltrata, priva, violenta psicologicamente e obriga!

Não seriam as histórias delas gloriosas e que deviam ser aplaudidas todos os dias!? Mães, as Pães (mães que são mãe e pai), Avós, esposas, filhas, amigas, as que são mais macho que muito homem, até porque isso de coisa de homem e coisa de mulher fica lá atrás, vocês mulheres decidem o que é pra vocês ou não, faça o que quiser e dê o seu melhor nisso, podem tudo que desejarem; são mil e uma versões de uma sensibilidade gigantesca, mas que não significa falta de força, sejam suas, sejam versões reinventadas a cada atropelo ético cometido por uma sociedade cruel. Tornem se cada dia mais mulheres, lembrem de Simone de Beauvoir, de Frida, Coco Chanel, Malala Yousafzai e de todas que não abaixaram suas cabeças, sejam lembradas como elas.

Mulher que não aceita tudo o que “lhe é imposto”, que sorri, que chora, não se calem nunca, sejam damas ou putas, sejam o que quiserem, no bar ou na igreja, onde quiserem, de saia curta, burca ou shortinho, como se sentirem bem, sem ser julgada de vulgares, livres, donas de si, empoderadas, desmistificando esses padrões ridículos da Idade Média, parece que as pessoas ficaram com o intelecto preso lá, por favor!!!

Por favor, ressignifiquem-se, reinventem-se como se sentirem melhor!!!! Se amem, se respeitem antes de pensar em ter esse sentimento vindo de qualquer pessoa, sejam doces, fortes, sorriam, chorem, sejam humanas, sejam coletivo, sejam SORORIDADE (e façam que seja mais que uma palavra modinha), sejam solidárias umas com as outras, sejam empáticas, sejam a luta de gêneros, não só hoje, toda a vida, se deixe arder em amor, espalhem sonhos por aí e realizem os seus.

Não se prendam a relacionamentos abusivos, NÃO se calem, não sejam submissas, nem se resumam a um corpo ou se quer deixem ser tratadas como apenas um, não deixem ser coisificadas, objetificação, por troca de interesses, se respeitem, incentivem suas filhas a estudarem, a viajarem, a cozinhar pra se virarem sozinhas, não para casar, eduquem seus filhos homens a pensar nas mulheres com respeito, somos veículo dessa transformação e compartilhem com seus parceiros os cuidados com a casa, com os filhos e com a vida, as responsabilidades precisam ser equivalentes.

Sejam questionadoras, não se deixem ser agredidas mesmo que subliminarmente, é mais que uma luta por direitos iguais, é andar na rua sozinha sem ter medo, sem ter que ouvir cantadinhas nojentas, sem ter que lembrar o tempo todo que não é não, ocupem os lugares, todos eles, se façam serem ouvidas, tenham voz, ocupem os lugares de fala… é mais abrangente, é sobre não ser estatística de mulheres que apanham a cada 5 minutos, é sobre 1 estupro a cada 11 minutos e sobre mulheres cis que não tem o direito de escolha legal sobre o aborto, sobre uma política de saúde pública “falida”, que aponta a pessoa que faz o aborto, que destrata, que discrimina, que não respeita à cultura, seja ela da mulher indígena, negra ou branca, uma saúde de hipocrisia, e que não para no aborto, quantas pessoas são violentadas no parto, queremos partos humanizados em qualquer lugar, chega de violência obstétrica!

Não é só esse preconceito nojento, é FEMINICÍDIO, MISOGINIA, é sobre cada uma de nós, de todas as profissões e ocupações, sobre a nossa vaidade, sobre o descabelar do dia a dia pra dar conta do recado como ninguém, sobre a limitação dos espaços, da nossa dignidade, sobre cada uma de nós que “morrem por amor”, sobre esse medo de amar que reside em muitas, são os nossos direitos por direito, nossos direitos fundamentais, nada além, um amanhã melhor, com uma geração mais respeitosa. RESPEITO além de tudo!
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Texto: Maiana Barbosa / Psicóloga